de Auta de Souza
(às moças da Serra)
É meia-noite… O sino alvissareiro,
Lá da Igrejinha branca pendurado,
Como um sonho místico e fagueiro,
Vem relembrar o tempo do Passado.
Ó velho sino, ó bronze abençoado,
Na alegria e na mágoa companheiro!
Tu me recordas o sorrir primeiro
Do menino Jesus imaculado.
E enquanto escuto a tua voz dolente,
Meu ser, que geme dolorosamente
Da desventura aos gélidos açoites,
Bebe em teus sons tanta alegria, tanta!
Sino que lembras uma noite santa,
Noite bendita mais que as outras noites!
Caio Fernando Abreu
"Depois de todas as tempestades e naufrágios, o que sobra de mim em mim é cada vez mais essencial e verdadeiro." Caio Fernando Abreu
26 dezembro 2009
18 dezembro 2009
O filho do homem
O mundo parou
A estrela morreu
No fundo da treva
O infante nasceu.
Nasceu num estábulo
Pequeno e singelo
Com boi e charrua
Com foice e martelo.
Ao lado do infante
O homem e a mulher
Uma tal Maria
Um José qualquer.
A noite o fez negro
Fogo o avermelhou
A aurora nascente
Todo o amarelou.
O dia o fez branco
Branco com a luz
À falta de um nome
Chamou-se Jesus.
Jesus pequenino
Filho natural
Ergue-te, menino
É triste o Natal.
(Natal de 1947)
A estrela morreu
No fundo da treva
O infante nasceu.
Nasceu num estábulo
Pequeno e singelo
Com boi e charrua
Com foice e martelo.
Ao lado do infante
O homem e a mulher
Uma tal Maria
Um José qualquer.
A noite o fez negro
Fogo o avermelhou
A aurora nascente
Todo o amarelou.
O dia o fez branco
Branco com a luz
À falta de um nome
Chamou-se Jesus.
Jesus pequenino
Filho natural
Ergue-te, menino
É triste o Natal.
(Natal de 1947)
Soneto de Aniversário
Passem-se dias, horas, meses, anos
Amadureçam as ilusões da vida
Prossiga ela sempre dividida
Entre compensações e desenganos.
Amadureçam as ilusões da vida
Prossiga ela sempre dividida
Entre compensações e desenganos.
Faça-se a carne mais envilecida
Diminuam os bens, cresçam os danos
Vença o ideal de andar caminhos planos
Melhor que levar tudo de vencida.
Queira-se antes ventura que aventura
À medida que a têmpora embranquece
E fica tenra a fibra que era dura.
E eu te direi: amiga minha, esquece...
Que grande é este amor meu de criatura
Que vê envelhecer e não envelhece.
13 dezembro 2009
Almas Perfumadas
Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta. De sol quando acorda. De flor quando ri. Ao lado delas, a gente se sente no balanço de uma rede que dança gostoso numa tarde grande, sem relógio e sem agenda.
Ao lado delas, a gente se sente comendo pipoca na praça. Lambuzando o queixo de sorvete. Melando os dedos com algodão doce da cor mais doce que tem pra escolher. O tempo é outro. E a vida fica com a cara que ela tem de verdade, mas que a gente desaprende de ver.
Tem gente que tem cheiro de colo de Deus. De banho de mar quando a água é quente e o céu é azul. Ao lado delas, a gente sabe que os anjos existem e que alguns são invisíveis. Ao lado delas, a gente se sente chegando em casa e trocando o salto pelo chinelo. Sonhando a maior tolice do mundo com o gozo de quem não liga pra isso. Ao lado delas, pode ser Abril, mas parece manhã de Natal do tempo em que a gente acordava e encontrava o presente do Papai Noel.
Tem gente que tem cheiro das estrelas que Deus acendeu no céu e daquelas que conseguimos acender na Terra. Ao lado delas, a gente não acha que o amor é possível, a gente tem certeza. Ao lado delas, a gente se sente visitando um lugar feito de alegria. Recebendo um buquê de carinhos. Abraçando um filhote de urso panda. Tocando com os olhos os olhos da paz. Ao lado delas, saboreamos a delícia do toque suave de sua presença soprando nosso coração.
Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa. Do brinquedo que a gente não largava. Do acalanto que o silêncio canta. De passeio no jardim. Ao lado delas, a gente percebe que a sensualidade é um perfume que vem de dentro e que a atração que realmente nos move não passa só pelo corpo. Corre em outras veias. Pulsa em outro lugar. Ao lado delas, a gente lembra que no instante em que rimos Deus está conosco, juntinho ao nosso lado.
E a gente ri grande que nem menino arteiro. Tem gente como você que nem percebe como tem a alma Perfumada! E que esse perfume é dom de Deus.
12 dezembro 2009
Por que
Por Que ?
Existem coisas na vida que você nunca imaginaria que iria acontecer e do nada acontece e você fica sem saber o que fazer depois
Existem coisas na vida que você nunca imaginaria que iria acontecer e do nada acontece e você fica sem saber o que fazer depois
Por Que ?
Afinal tente e faça pois a vida não passa de uma Tentativa...
(desconheço autoria)
Afinal tente e faça pois a vida não passa de uma Tentativa...
(desconheço autoria)
Chove
Chove. Que fiz eu da vida?
Fiz o que ela fez de mim…
De pensada, mal vivida…
Triste de quem é assim!
Numa angústia sem remédio
Tenho febre na alma, e, ao ser,
Tenho saudade, entre o tédio,
Só do que nunca quis ter…
Quem eu pudera ter sido,
Que é dele? Entre ódios pequenos
De mim, estou de mim partido.
Se ao menos chovesse menos!
09 dezembro 2009
Revelações...
Nas lembranças de cada homem há coisas que ele não revelará para todos, mas apenas para seus amigos. Há outras coisas que ele não revelará nem mesmo para seus amigos, mas apenas para si próprio, e ainda somente com a promessa de manter segredo. Finalmente, há algumas coisas que um homem teme revelar até para si mesmo, e qualquer homem honesto acumula um número bem considerável de tais coisas. Quer dizer, quanto mais respeitável é um homem, mais dessas coisas ele tem.
Dostoievski - 1864
A vida vivida
Quem sou eu senão um grande sonho obscuro em face do SonhoSenão uma grande angústia obscura em face da Angústia Quem sou eu senão a imponderável árvore dentro da noite imóvel
E cujas presas remontam ao mais triste fundo da terra?
De que venho senão da eterna caminhada de uma sombra
Que se destrói à presença das fortes claridades
Mas em cujo rastro indelével repousa a face do mistério
E cuja forma é a prodigiosa treva informe?
Que destino é o meu senão o de assistir ao meu Destino
Rio que sou em busca do mar que me apavora
Alma que sou clamando o desfalecimento
Carne que sou no âmago inútil da prece?
O que é a mulher em mim senão o Túmulo
O branco marco da minha rota peregrina
Aquela em cujos braços vou caminhando para a morte
Aquelas em cujos braços somente tenho vida?
O que é o meu amor, aí de mim! senão a luz impossível
Senão a estrela parada num oceano de melancolia
O que me diz ele senão que é vã toda a palavra
Que não repousa no seio trágico do abismo?
O que é o meu amor? senão o meu desejo iluminado
O meu infinito desejo do ser o que sou acima de mim mesmo
O meu eterno partir na minha vontade enorme de ficar
Peregrino, peregrino de um instante, peregrino de todos os instantes?
A quem respondo senão a ecos, a soluços, a lamentos
De vozes que morrem no fundo do meu prazer ou de meu tédio
A quem falo senão a multidões de símbolos errantes
Cuja tragédia efêmera nenhum espírito imagina?
Qual é o meu ideal senão fazer do céu poderoso a Língua
Da nuvem a Palavra imortal cheia de segredo
E do fundo do inferno delirantemente proclamá-los
Em Poesia que se derrame como sol ou como chuva?
O que é o meu ideal senão o Supremo Impossível
Aquele que é, só ele, o meu cuidado e o meu anelo
O que é ele em mim senão o meu desejo de encontrá-lo
E o encontrando, o meu medo de não o reconhecer?
O que sou eu senão Ele, o Deus em sofrimento
O tremor imperceptível na voz portentosa do vento
O bater invisível de um coração no descampado...
O que sou eu senão Eu Mesmo em face de mim?
(Antologia Poética - Editora Companhia de Bolso)
08 dezembro 2009
Agradecer as flores...
06 dezembro 2009
Tenho tanto sentimento
Tenho tanto sentimento
Que é freqüente persuadir-me
De que sou sentimental,
Mas reconheço, ao medir-me,
Que tudo isso é pensamento,
Que não senti afinal.
Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.
Qual porém é a verdadeira
E qual errada, ninguém
Nos saberá explicar;
E vivemos de maneira
Que a vida que a gente tem
É a que tem que pensar.
Que é freqüente persuadir-me
De que sou sentimental,
Mas reconheço, ao medir-me,
Que tudo isso é pensamento,
Que não senti afinal.
Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.
Qual porém é a verdadeira
E qual errada, ninguém
Nos saberá explicar;
E vivemos de maneira
Que a vida que a gente tem
É a que tem que pensar.
05 dezembro 2009
Letra para um hino
É possível falar sem um nó na garganta
é possível amar sem que venham proibir
é possível correr sem que seja fugir.
Se tens vontade de cantar não tenhas medo: canta.
É possível andar sem olhar para o chão
é possível viver sem que seja de rastos.
Os teus olhos nasceram para olhar os astros
se te apetece dizer não grita comigo: não.
É possível viver de outro modo. É
possível transformares em arma a tua mão.
É possível o amor. É possível o pão.
É possível viver de pé.
Não te deixer murchar. Não deixes que te domem.
É possível viver sem fingir que se vive.
É possível ser homem.
É possível ser livre livre livre.
é possível amar sem que venham proibir
é possível correr sem que seja fugir.
Se tens vontade de cantar não tenhas medo: canta.
É possível andar sem olhar para o chão
é possível viver sem que seja de rastos.
Os teus olhos nasceram para olhar os astros
se te apetece dizer não grita comigo: não.
É possível viver de outro modo. É
possível transformares em arma a tua mão.
É possível o amor. É possível o pão.
É possível viver de pé.
Não te deixer murchar. Não deixes que te domem.
É possível viver sem fingir que se vive.
É possível ser homem.
É possível ser livre livre livre.
Manuel Alegre
04 dezembro 2009
Cartilha de guerra alemã
O pintor fala da grande época por vir
As florestas ainda crescem.
Os campos ainda produzem.
As cidades ainda existem.
Os homens ainda respiram.
Quando o pintor fala sobre a paz através dos alto-falantes
Os trabalhadores de construção olham para
As auto-estradas e vêem
Cimento espesso, próprio
Para tanques pesados.
O pintor fala de paz.
Aprumando as costas doloridas
As mãos grossas em tubos de canhões
Os fundidores o escutam.
Os pilotos dos bombardeiros
Desaceleram os motores e ouvem
O pintor falar de paz.
Os madeireiros param no silêncio dos bosques
Os camponeses deixam de lado o arado e colocam a mão atrás do ouvido
As mulheres que levam a comida para o campo se detêm:
No terreno revolvido há um carro com amplificador. De lá se ouve
O pintor pedir paz.
Os de cima dizem: guerra e paz
São de substância diferente
Mas a sua guerra e a sua paz
São como tempestade e vento.
A guerra nasce da sua paz
Como a criança da mãe
Ela tem
Os mesmo traços terríveis.
A sua guerra mata
O que a sua paz
Deixou de resto.
No muro estava escrito com giz:
Eles querem a guerra.
Quem escreveu
Já caiu.
Os de cima
Juntaram-se em uma reunião.
Homem da rua
Deixa de esperança.
Os governos
Assinam pactos de não-agressão.
Homem da rua
Assina teu testamento.
Quando os de cima falam de paz
A gente pequena
Sabe que haverá guerra.
Quando os de cima amaldiçoam a guerra
As ordens de alistamento já estão preenchidas.
A guerra que virá
Não é a primeira. Antes dela
Houve outras guerras.
Quando a última terminou
Havia vencedores e vencidos.
Entre os vencidos o povo miúdo
Sofria fome. Entre os vencedores
Sofria fome o povo miúdo.
Os de cima dizem que no exército
Reina fraternidade.
A verdade disso se percebe
Na cozinha.
Nos corações deve haver
O mesmo ânimo.
Mas nos pratos
Há dois tipos de comida.
No momento de marchar, muitos não sabem
Que seu inimigo marcha à sua frente.
A voz que comanda
É a voz de seu inimigo.
Aquele que fala do inimigo
É ele mesmo o inimigo.
General, teu tanque é um carro poderoso
Ele derruba uma floresta e esmaga cem homens.
Mas tem um defeito:
Precisa de um motorista.
General, teu bombardeio é poderoso.
Ele voe mais veloz que um vendaval e carrega mais carga que um elefante.
Mas tem um defeito:
Precisa de um engenheiro.
General, o homem é muito útil.
Ele pode voar e pode matar.
Mas tem um defeito:
Pode pensar.
Quando a guerra começar
Seus irmão se transformarão talvez
De modo que seus rostos não serão reconhecíveis.
Mas vocês devem permanecer os mesmos.
Eles irão à guerra, mas
Não como a uma matança, e sim
Como a um trabalho sério. Tudo
Terão esquecido. Mas vocês
Nada deverão ter esquecido.
Vocês receberão aguardente na garganta
Como todos os outros.
Mas deverão permanecer sóbrios.
Bertolt Brecht
As florestas ainda crescem.
Os campos ainda produzem.
As cidades ainda existem.
Os homens ainda respiram.
Quando o pintor fala sobre a paz através dos alto-falantes
Os trabalhadores de construção olham para
As auto-estradas e vêem
Cimento espesso, próprio
Para tanques pesados.
O pintor fala de paz.
Aprumando as costas doloridas
As mãos grossas em tubos de canhões
Os fundidores o escutam.
Os pilotos dos bombardeiros
Desaceleram os motores e ouvem
O pintor falar de paz.
Os madeireiros param no silêncio dos bosques
Os camponeses deixam de lado o arado e colocam a mão atrás do ouvido
As mulheres que levam a comida para o campo se detêm:
No terreno revolvido há um carro com amplificador. De lá se ouve
O pintor pedir paz.
Os de cima dizem: guerra e paz
São de substância diferente
Mas a sua guerra e a sua paz
São como tempestade e vento.
A guerra nasce da sua paz
Como a criança da mãe
Ela tem
Os mesmo traços terríveis.
A sua guerra mata
O que a sua paz
Deixou de resto.
No muro estava escrito com giz:
Eles querem a guerra.
Quem escreveu
Já caiu.
Os de cima
Juntaram-se em uma reunião.
Homem da rua
Deixa de esperança.
Os governos
Assinam pactos de não-agressão.
Homem da rua
Assina teu testamento.
Quando os de cima falam de paz
A gente pequena
Sabe que haverá guerra.
Quando os de cima amaldiçoam a guerra
As ordens de alistamento já estão preenchidas.
A guerra que virá
Não é a primeira. Antes dela
Houve outras guerras.
Quando a última terminou
Havia vencedores e vencidos.
Entre os vencidos o povo miúdo
Sofria fome. Entre os vencedores
Sofria fome o povo miúdo.
Os de cima dizem que no exército
Reina fraternidade.
A verdade disso se percebe
Na cozinha.
Nos corações deve haver
O mesmo ânimo.
Mas nos pratos
Há dois tipos de comida.
No momento de marchar, muitos não sabem
Que seu inimigo marcha à sua frente.
A voz que comanda
É a voz de seu inimigo.
Aquele que fala do inimigo
É ele mesmo o inimigo.
General, teu tanque é um carro poderoso
Ele derruba uma floresta e esmaga cem homens.
Mas tem um defeito:
Precisa de um motorista.
General, teu bombardeio é poderoso.
Ele voe mais veloz que um vendaval e carrega mais carga que um elefante.
Mas tem um defeito:
Precisa de um engenheiro.
General, o homem é muito útil.
Ele pode voar e pode matar.
Mas tem um defeito:
Pode pensar.
Quando a guerra começar
Seus irmão se transformarão talvez
De modo que seus rostos não serão reconhecíveis.
Mas vocês devem permanecer os mesmos.
Eles irão à guerra, mas
Não como a uma matança, e sim
Como a um trabalho sério. Tudo
Terão esquecido. Mas vocês
Nada deverão ter esquecido.
Vocês receberão aguardente na garganta
Como todos os outros.
Mas deverão permanecer sóbrios.
Bertolt Brecht
01 dezembro 2009
A falta que ama
Entre areia, sol e grama
o que se esquiva se dá,
enquanto a falta que ama
procura alguém que não há.
Está coberto de terra,
forrado de esquecimento.
Onde a vista mais se aferra,
a dália é toda cimento.
A transparência da hora
corrói ângulos obscuros:
cantiga que não implora
nem ri, patinando muros.
o que se esquiva se dá,
enquanto a falta que ama
procura alguém que não há.
Está coberto de terra,
forrado de esquecimento.
Onde a vista mais se aferra,
a dália é toda cimento.
A transparência da hora
corrói ângulos obscuros:
cantiga que não implora
nem ri, patinando muros.
Já nem se escuta a poeira
que o gesto espalha no chão.
A vida conta-se, inteira,
em letras de conclusão.
Por que é que revoa à toa
o pensamento, na luz?
E por que nunca se escoa
o tempo, chaga sem pus?
O inseto petrificado
na concha ardente do dia
une o tédio do passado
a uma futura energia.
No solo vira semente?
Vai tudo recomeçar?
É a falta ou ele que sente
o sonho do verbo amar?
que o gesto espalha no chão.
A vida conta-se, inteira,
em letras de conclusão.
Por que é que revoa à toa
o pensamento, na luz?
E por que nunca se escoa
o tempo, chaga sem pus?
O inseto petrificado
na concha ardente do dia
une o tédio do passado
a uma futura energia.
No solo vira semente?
Vai tudo recomeçar?
É a falta ou ele que sente
o sonho do verbo amar?
28 novembro 2009
Lágrimas
" As lágrimas não são simples gotas de água, vêm da alma, da dor que sente sua alma e seu coração quando seu amor se cansa de lutar, quando sua alma chora por dentro e faz um mar imenso que sai por seu reflexo, pelos olhos que são o espelho da alma. É difícil aguentar tanta dor, tanta mentira, tanta decepção, tantos sonhos rompidos, tantas ilusões pisoteadas, aquele amor frustado, carícias perdidas, tanta injustiça e tantas feridas que doem como uma espada atravessando o coração e doi tanto por dentro... E por fora... Deve-se ter um sorriso materializando a falsa alegria porque poucas coisas te fazem sorrir quando sua alma está esgotada, mas há uma luz que nunca se apaga porque a esperança continua viva!!! " (Dulce Maria - tradução)
"LAS LAGRIMAS NO SON SIMPLES GOTAS DE AGUA,VIENEN DEL ALMA,DEL DOLOR QUE SIENTE TU ALMA Y TU CORAZON CUANDO TU AMOR SE CANSA DE LUCHAR, CUANDO TU ALMA LLORA POR DENTRO Y HACE UN MAR INMENSO QUE SALE POR SU REFLEJO ,POR LOS OJOS QUE SON EL ESPEJO DEL ALMA ES DIFICIL AGUANTAR TANTO DOLOR,TANTA MENTIRA,TANTA DECEPCION,TANTOS SUENOS ROTOS,TANTAS ILUSIONES PISOTEADAS,AQUEL AMOR FRUSTRADO,CARICIAS PERDIDAS ,TANTA INJUSTICIA Y TANTAS HERIDAS QUE DUELEN COMO UNA ESPADA ATRAVESANDO EL CORAZON Y DUELE TANTO POR DENTRO ..Y POR FUERA........DEBES TENER UNA SONRISA MATERIALIZANDO LA FALSA ALEGRIA PORQUE POCAS COSAS TE HACEN SONREIR CUANDO TU ALMA ESTA AGOTADA ,PERO HAY UNA LUZ QUE NUNCA SE APAGA PORQUE SIGUE VIVA LA ESPERANZA!!! " (Dulce Maria - original)
"LAS LAGRIMAS NO SON SIMPLES GOTAS DE AGUA,VIENEN DEL ALMA,DEL DOLOR QUE SIENTE TU ALMA Y TU CORAZON CUANDO TU AMOR SE CANSA DE LUCHAR, CUANDO TU ALMA LLORA POR DENTRO Y HACE UN MAR INMENSO QUE SALE POR SU REFLEJO ,POR LOS OJOS QUE SON EL ESPEJO DEL ALMA ES DIFICIL AGUANTAR TANTO DOLOR,TANTA MENTIRA,TANTA DECEPCION,TANTOS SUENOS ROTOS,TANTAS ILUSIONES PISOTEADAS,AQUEL AMOR FRUSTRADO,CARICIAS PERDIDAS ,TANTA INJUSTICIA Y TANTAS HERIDAS QUE DUELEN COMO UNA ESPADA ATRAVESANDO EL CORAZON Y DUELE TANTO POR DENTRO ..Y POR FUERA........DEBES TENER UNA SONRISA MATERIALIZANDO LA FALSA ALEGRIA PORQUE POCAS COSAS TE HACEN SONREIR CUANDO TU ALMA ESTA AGOTADA ,PERO HAY UNA LUZ QUE NUNCA SE APAGA PORQUE SIGUE VIVA LA ESPERANZA!!! " (Dulce Maria - original)
Poema Dulce
As vezes, nossos sonhos caem no chão
Como pedacinhos de estrelas que pouco a pouco se apagam
Nosso coração, chora em silêncio,
E quando as lágrimas caem, gelam todo o corpo
E o coração de tanto amar se converte em gelo
Para não sofrer mais, para já não chorar,
Mas se voltar ao céu,
Se darás conta que tem milhões de estrelas
E cada uma é um sonho por cumprir,
E a força em seu interior,
Derreterá o gelo em seu coração.
Só nunca deixe de acreditar,
Porque o amor
E teus sonhos
São a única porta
Para a eternidade.
(Dulce Maria - Tradução)
Como pedacinhos de estrelas que pouco a pouco se apagam
Nosso coração, chora em silêncio,
E quando as lágrimas caem, gelam todo o corpo
E o coração de tanto amar se converte em gelo
Para não sofrer mais, para já não chorar,
Mas se voltar ao céu,
Se darás conta que tem milhões de estrelas
E cada uma é um sonho por cumprir,
E a força em seu interior,
Derreterá o gelo em seu coração.
Só nunca deixe de acreditar,
Porque o amor
E teus sonhos
São a única porta
Para a eternidade.
(Dulce Maria - Tradução)
21 novembro 2009
Alma perdida
Toda esta noite o rouxinol chorou,
Gemeu, rezou, gritou perdidamente!
Alma de rouxinol, alma da gente,
Tu és, talvez, alguém que se finou!
Tu és, talvez, um sonho que passou,
Que se fundiu na Dor, suavemente...
Talvez sejas a alma, alma doente
D'alguém que quis amar e nunca amou!
Toda a noite choraste...e eu chorei
Talvez porque, ao ouvir-te, advinhei
Que ninguém é mais triste do que nós!
Contaste tanta coisa à noite calma,
Que eu pensei que tu eras a minh'alma
Que chorasse perdida em tua voz!...
Florbela Espanca
Gemeu, rezou, gritou perdidamente!
Alma de rouxinol, alma da gente,
Tu és, talvez, alguém que se finou!
Tu és, talvez, um sonho que passou,
Que se fundiu na Dor, suavemente...
Talvez sejas a alma, alma doente
D'alguém que quis amar e nunca amou!
Toda a noite choraste...e eu chorei
Talvez porque, ao ouvir-te, advinhei
Que ninguém é mais triste do que nós!
Contaste tanta coisa à noite calma,
Que eu pensei que tu eras a minh'alma
Que chorasse perdida em tua voz!...
Florbela Espanca
20 novembro 2009
Formas
De um único modo se pode dizer a alguém:
'não esqueço você'.
A corda do violoncelo fica vibrando sozinha
sob um arco invisível
e os pecados desaparecem como ratos flagrados.
Meu coração causa pasmo porque bate
e tem sangue nele e vai parar um dia
e vira um tambor patético
se falas no meu ouvido:
'não esqueço você'.
Manchas de luz na parede,
uma jarra pequena
com três rosas de plástico.
Tudo no mundo é perfeito,
e a morte é amor.
08 novembro 2009
Compensação
(...)Esta ignorância humana.
Este silêncio do universo.
A sabedoria.
Hoje eu queria estar entre as nuvens, na velocidade das nuvens, na sua fragilidade, na sua docilidade de ser e deixar de ser.
Livremente.
Sem interesse próprio.
Confiante.
À mercê da vida.
Sem nenhum sonho de durarem até o ano 2000, de terem emprego público, férias, abono de Natal, montepio, prêmio de loteria, discurso à beira do túmulo, nome em placa de rua, busto no jardim...
(Ó nuvens prodigiosas, criaturas efêmeras que estais tão alto e não pretendeis nada, e sois capazes de obscurecer o sol e de fazer frutificar a terra, e não tendes vaidade nenhuma nem apego a esses ocasos!)
Hoje eu queria andar lá em cima nas nuvens, com as nuvens, pelas nuvens, para as nuvens..."
Este silêncio do universo.
A sabedoria.
Hoje eu queria estar entre as nuvens, na velocidade das nuvens, na sua fragilidade, na sua docilidade de ser e deixar de ser.
Livremente.
Sem interesse próprio.
Confiante.
À mercê da vida.
Sem nenhum sonho de durarem até o ano 2000, de terem emprego público, férias, abono de Natal, montepio, prêmio de loteria, discurso à beira do túmulo, nome em placa de rua, busto no jardim...
(Ó nuvens prodigiosas, criaturas efêmeras que estais tão alto e não pretendeis nada, e sois capazes de obscurecer o sol e de fazer frutificar a terra, e não tendes vaidade nenhuma nem apego a esses ocasos!)
Hoje eu queria andar lá em cima nas nuvens, com as nuvens, pelas nuvens, para as nuvens..."
Reinvenção
A vida só é possível
reinventada.
Anda o sol pelas campinas
e passeia a mão dourada
pelas águas, pelas folhas. . .
Ah! tudo bolhas
que vêm de fundas piscinas
de ilusionismo... – mais nada.
Mas a vida, a vida, a vida,
a vida só é possível
reinventada.
Vem a lua, vem, retira
as algemas dos meus braços.
Projeto-me por espaços
cheios da tua Figura.
Tudo mentira! Mentira
da lua, na noite escura.
Não te encontro, não te alcanço...
Só - no tempo equilibrada,
desprendo-me do balanço
que além do tempo me leva.
Só - na treva
fico: recebida e dada.
Porque a vida, a vida, a vida,
a vida só é possível
reinventada.
reinventada.
Anda o sol pelas campinas
e passeia a mão dourada
pelas águas, pelas folhas. . .
Ah! tudo bolhas
que vêm de fundas piscinas
de ilusionismo... – mais nada.
Mas a vida, a vida, a vida,
a vida só é possível
reinventada.
Vem a lua, vem, retira
as algemas dos meus braços.
Projeto-me por espaços
cheios da tua Figura.
Tudo mentira! Mentira
da lua, na noite escura.
Não te encontro, não te alcanço...
Só - no tempo equilibrada,
desprendo-me do balanço
que além do tempo me leva.
Só - na treva
fico: recebida e dada.
Porque a vida, a vida, a vida,
a vida só é possível
reinventada.
04 novembro 2009
Motivo
Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou se desfaço,
— não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno e asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
— mais nada.
De Viagem (1939)
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou se desfaço,
— não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno e asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
— mais nada.
De Viagem (1939)
03 novembro 2009
Acreditar na vida
É ter esperança no amanhã.
Saber que após a noite vem o dia.
Viver intensamente as emoções!
Pular de alegria.
Não invadir o espaço alheio.
Ser espontâneo.
Apreciar o nascer e o pôr-do-sol.
Amar as pessoas incondicionalmente.
Aproveitar todos os momentos...
Fazer trabalho voluntário.
Vencer a depressão!
Confiar na voz da intuição.
Perdoar as pessoas.
Estimular a criatividade.
Não se prender a detalhes.
Brincar como uma criança.
Chorar de felicidade...
Deixar para lá.
Ter pensamento positivo.
Respeitar os sentimentos dos outros.
Rir sozinho.
Saber trabalhar em equipe.
Ser sincero.
Encontrar a felicidade nas pequenas coisas.
Entender que somos pessoas únicas.
Emanar vibração de amor...
Saber que estamos só de passagem.
Melhorar os relacionamentos.
Aproveitar as oportunidades.
Ouvir o coração...
Acreditar na vida!
Saber que após a noite vem o dia.
Viver intensamente as emoções!
Pular de alegria.
Não invadir o espaço alheio.
Ser espontâneo.
Apreciar o nascer e o pôr-do-sol.
Amar as pessoas incondicionalmente.
Aproveitar todos os momentos...
Fazer trabalho voluntário.
Vencer a depressão!
Confiar na voz da intuição.
Perdoar as pessoas.
Estimular a criatividade.
Não se prender a detalhes.
Brincar como uma criança.
Chorar de felicidade...
Deixar para lá.
Ter pensamento positivo.
Respeitar os sentimentos dos outros.
Rir sozinho.
Saber trabalhar em equipe.
Ser sincero.
Encontrar a felicidade nas pequenas coisas.
Entender que somos pessoas únicas.
Emanar vibração de amor...
Saber que estamos só de passagem.
Melhorar os relacionamentos.
Aproveitar as oportunidades.
Ouvir o coração...
Acreditar na vida!
desconheço autoria
02 novembro 2009
Passa uma boboleta
Passa uma borboleta por diante de mim
E pela primeira vez no Universo eu reparo
Que as borboletas não têm cor nem movimento,
Assim como as flores não têm perfume nem cor.
A cor é que tem cor nas asas da borboleta,
No movimento da borboleta o movimento é que se move,
O perfume é que tem perfume no perfume da flor.
A borboleta é apenas borboleta
E a flor é apenas flor.
(do “Guardador de Rebanhos” – Alberto Caeiro)
21 outubro 2009
Certeza
De tudo ficaram três coisas:
a certeza de que estamos sempre começando...
a certeza de que é preciso continuar...
a certeza de que seremos interrompidos
antes de terminar...
Façamos da interrupção um caminho novo...
Da queda, um passo de dança...
Do medo, uma escada...
Do sonho, uma ponte...
Da procura, um encontro.
a certeza de que estamos sempre começando...
a certeza de que é preciso continuar...
a certeza de que seremos interrompidos
antes de terminar...
Façamos da interrupção um caminho novo...
Da queda, um passo de dança...
Do medo, uma escada...
Do sonho, uma ponte...
Da procura, um encontro.
(Fernando Sabino)
17 outubro 2009
As mãos estendidas
de Olga Savary
Nessa direção
da janela aberta
vem o Murundu,
o bicho-papão
metendo medo em
quem anda acordado
inda a essas horas.
Em outro lugar
cisma outra criança.
Triste é não poder ter um outro vôo
que não o poético
da imaginação
para a consolar.
E assim ficamos
entre o querer
estendendo as mãos
e deixando-as cair.
a Carlos Drummond de Andrade
Nessa direção
da janela aberta
vem o Murundu,
o bicho-papão
metendo medo em
quem anda acordado
inda a essas horas.
Em outro lugar
cisma outra criança.
Triste é não poder ter um outro vôo
que não o poético
da imaginação
para a consolar.
E assim ficamos
entre o querer
estendendo as mãos
e deixando-as cair.
Éden Hades
Jardins de água fartavam-nos de sol inchado em veias
pendendo como manga e eu era como dono de navio
altivo e digno. Que nem vogal aberta, abri portas para
pendendo como manga e eu era como dono de navio
altivo e digno. Que nem vogal aberta, abri portas para
a areia em repentina perda da memória.
Que o ar seja bebido tal um navio.
Tudo o que é brisa aflora nos terraços
e vibra nos sagarços sobre as vagas.
Apanhada na armadilha
Faz-se a treva manhã.
Estas as figurações do sonho:
uma placa de prata e um nome inscrito,
hoje apagado, gravado há muito,
muito tempo. E só. Os deuses nos convocam,
nos querem a todo porque nada querem,
riem de nós, perdem-nos ao nos buscar e às nossas
Que o ar seja bebido tal um navio.
Tudo o que é brisa aflora nos terraços
e vibra nos sagarços sobre as vagas.
Apanhada na armadilha
Faz-se a treva manhã.
Estas as figurações do sonho:
uma placa de prata e um nome inscrito,
hoje apagado, gravado há muito,
muito tempo. E só. Os deuses nos convocam,
nos querem a todo porque nada querem,
riem de nós, perdem-nos ao nos buscar e às nossas
perguntas fazem ouvidos moucos,
não respondem senão ao eco oco.
não respondem senão ao eco oco.
Tudo perde o sentido mal é pronunciado.
de: Olga Savary
13 outubro 2009
...sonho
Eu tenho uma espécie de dever de dever de sonhar de sonhar sempre, pois sendo mais do que um espectador de mim mesmo,
Eu tenho que ter o melhor espetáculo que posso. E assim me construo a ouro e sedas, em salas supostas, invento palco, cenário para viver o meu sonho entre luzes brandas e músicas invisíveis...
Sonho impossível
Composição: Joe Darion, Mitch Leigh
– versão em português de Chico Buarque
Sonhar
Mais um sonho impossível
Lutar
Quando é fácil ceder
Vencer
O inimigo invencível
Negar
Quando a regra é vender
Sofrer
A tortura implacável
Romper
A incabível prisão
Voar
Num limite improvável
Tocar
O inacessível chão
Mais um sonho impossível
Lutar
Quando é fácil ceder
Vencer
O inimigo invencível
Negar
Quando a regra é vender
Sofrer
A tortura implacável
Romper
A incabível prisão
Voar
Num limite improvável
Tocar
O inacessível chão
É minha lei, é minha questão
Virar esse mundo
Cravar esse chão
Não me importa saber
Se é terrível demais
Quantas guerras terei que vencer
Por um pouco de paz
E amanhã, se esse chão que eu beijei
For meu leito e perdão
Vou saber que valeu delirar
E morrer de paixão
E assim, seja lá como for
Vai ter fim a infinita aflição
E o mundo vai ver uma flor
Brotar do impossível chão
Virar esse mundo
Cravar esse chão
Não me importa saber
Se é terrível demais
Quantas guerras terei que vencer
Por um pouco de paz
E amanhã, se esse chão que eu beijei
For meu leito e perdão
Vou saber que valeu delirar
E morrer de paixão
E assim, seja lá como for
Vai ter fim a infinita aflição
E o mundo vai ver uma flor
Brotar do impossível chão
11 outubro 2009
Nadador
O que me encanta é a linha alada
das tuas espáduas, e a curva
que descreves, passáro da água!
É a tua fina, ágil cintura,
e esse adeus da tua garganta
para cemitérios de espuma!
É a despedida, que me encanta,
quando te desprendes ao vento,
fiel à queda, rápida e branda
E apenas por estar prevendo,
longe, na eternidade da água,
sobreviver teu movimento...
Os Cem Melhores Poemas Brasileiros do Século, Editora Objetiva, 2001
das tuas espáduas, e a curva
que descreves, passáro da água!
É a tua fina, ágil cintura,
e esse adeus da tua garganta
para cemitérios de espuma!
É a despedida, que me encanta,
quando te desprendes ao vento,
fiel à queda, rápida e branda
E apenas por estar prevendo,
longe, na eternidade da água,
sobreviver teu movimento...
Os Cem Melhores Poemas Brasileiros do Século, Editora Objetiva, 2001
Que me venha esse homem
Que me venha esse homem
depois de alguma chuva
que me prenda de tarde
em sua teia de veludo
que me fira com os olhos
e me penetre em tudo.
Que me venha esse homem
de músculos exatos
com um desejo agreste
com um cheiro de mato
que me prenda de noite
em sua rede de braços
que me perca em seus fios
de algas e sargaços.
Que me venha com força
com gosto de desbravar
que me faça de mata
pra percorrer devagar
que me faça de rio
pra se deixar naufragar.
Que me salve esse homem
com sua febre de fogo
que me prenda no espaço
de seu passo mais louco. (Bruna Lombardi)
depois de alguma chuva
que me prenda de tarde
em sua teia de veludo
que me fira com os olhos
e me penetre em tudo.
Que me venha esse homem
de músculos exatos
com um desejo agreste
com um cheiro de mato
que me prenda de noite
em sua rede de braços
que me perca em seus fios
de algas e sargaços.
Que me venha com força
com gosto de desbravar
que me faça de mata
pra percorrer devagar
que me faça de rio
pra se deixar naufragar.
Que me salve esse homem
com sua febre de fogo
que me prenda no espaço
de seu passo mais louco. (Bruna Lombardi)
Canção do Amor-Perfeito
O tempo seca a beleza.
seca o amor, seca as palavras.
Deixa tudo solto, leve,
desunido para sempre
como as areias nas águas.
O tempo seca a saudade,
seca as lembranças e as lágrimas.
Deixa algum retrato, apenas,
vagando seco e vazio
como estas conchas das praias.
O tempo seca o desejo
e suas velhas batalhas.
Seca o frágil arabesco,
vestígio do musgo humano,
na densa turfa mortuária.
Esperarei pelo tempo
com suas conquistas áridas.
Esperarei que te seque,
não na terra, Amor-Perfeito,
num tempo depois das almas.
Melhores Poemas, Global Editora, 1977 – imagem de Vladimir Kush
seca o amor, seca as palavras.
Deixa tudo solto, leve,
desunido para sempre
como as areias nas águas.
O tempo seca a saudade,
seca as lembranças e as lágrimas.
Deixa algum retrato, apenas,
vagando seco e vazio
como estas conchas das praias.
O tempo seca o desejo
e suas velhas batalhas.
Seca o frágil arabesco,
vestígio do musgo humano,
na densa turfa mortuária.
Esperarei pelo tempo
com suas conquistas áridas.
Esperarei que te seque,
não na terra, Amor-Perfeito,
num tempo depois das almas.
Melhores Poemas, Global Editora, 1977 – imagem de Vladimir Kush
Você não me ensinou a te esquecer
Composição: Fernando Mendes, José Wilson e Lucas
Não vejo mais você faz tanto tempo
Que vontade que eu sinto
De olhar em seus olhos, ganhar seus abraços
É verdade, eu não minto
E nesse desespero em que me vejo
Já cheguei a tal ponto
De me trocar diversas vezes por você
Só pra ver se te encontro
Você bem que podia perdoar
E só mais uma vez me aceitar
Prometo agora vou fazer por onde nunca mais perdê-la
Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
E te querendo eu vou tentando te encontrar
Vou me perdendo
Buscando em outros braços seus abraços
Perdido no vazio de outros passos
Do abismo em que você se retirou
E me atirou e me deixou aqui sozinho
Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
e te querendo eu vou tentando me encontrar
E nesse desepero em que me vejo
já cheguei a tal ponto
de me trocar diversas vezes por você
só pra ver se te encontro
Que vontade que eu sinto
De olhar em seus olhos, ganhar seus abraços
É verdade, eu não minto
E nesse desespero em que me vejo
Já cheguei a tal ponto
De me trocar diversas vezes por você
Só pra ver se te encontro
Você bem que podia perdoar
E só mais uma vez me aceitar
Prometo agora vou fazer por onde nunca mais perdê-la
Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
E te querendo eu vou tentando te encontrar
Vou me perdendo
Buscando em outros braços seus abraços
Perdido no vazio de outros passos
Do abismo em que você se retirou
E me atirou e me deixou aqui sozinho
Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
e te querendo eu vou tentando me encontrar
E nesse desepero em que me vejo
já cheguei a tal ponto
de me trocar diversas vezes por você
só pra ver se te encontro
Você bem que podia perdoar
E só mais uma vez me aceitar
Prometo agora vou fazer por onde nunca mais perdê-la
Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
E te querendo eu vou tentando te encontrar
Vou me perdendo
Buscando em outros braços seus abraços
Perdido no vazio de outros passos
Do abismo em que você se retirou
E me atirou e me deixou aqui sozinho
Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
e te querendo eu vou tentando te encontrar
Vou me perdendo
Buscando em outros braços seus abraços
Perdido no vazio de outros passos
Do abismo em que você se retirou
E me atirou e me deixou aqui sozinho
Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
E te querendo eu vou tentando me encontrar
E só mais uma vez me aceitar
Prometo agora vou fazer por onde nunca mais perdê-la
Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
E te querendo eu vou tentando te encontrar
Vou me perdendo
Buscando em outros braços seus abraços
Perdido no vazio de outros passos
Do abismo em que você se retirou
E me atirou e me deixou aqui sozinho
Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
e te querendo eu vou tentando te encontrar
Vou me perdendo
Buscando em outros braços seus abraços
Perdido no vazio de outros passos
Do abismo em que você se retirou
E me atirou e me deixou aqui sozinho
Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
E te querendo eu vou tentando me encontrar
10 outubro 2009
Canção do recomeço
A casa aonde voltei
depois de muitos anos,
bóia como uma ilha de aguapés na noite,
presa por uma raiz doce e dolorosa
que me define.
Na madrugada caminho pelos quartos
como no fundo do mar
onde essa raiz se finca.
Pelas vidraças, o jardim são algas;
meus filhos dormem como quando
eram meninos,
e suas respirações, como sentimentos,
fundem-se neste bojo.
Este é o meu lugar
aonde voltei depois de tanto tempo,
como quem, misturando peças
dos enigmas mais arcaicos,
montasse laboriosamente o seu quebra-cabeça.
depois de muitos anos,
bóia como uma ilha de aguapés na noite,
presa por uma raiz doce e dolorosa
que me define.
Na madrugada caminho pelos quartos
como no fundo do mar
onde essa raiz se finca.
Pelas vidraças, o jardim são algas;
meus filhos dormem como quando
eram meninos,
e suas respirações, como sentimentos,
fundem-se neste bojo.
Este é o meu lugar
aonde voltei depois de tanto tempo,
como quem, misturando peças
dos enigmas mais arcaicos,
montasse laboriosamente o seu quebra-cabeça.
01 outubro 2009
O Ramo de Flores do Museu – II
Que fantasmas lerão, nas incolores
pétalas, as mensagens não aceitas
em nítidos momentos anteriores?
pétalas, as mensagens não aceitas
em nítidos momentos anteriores?
Que fantasmas verão a vossa airosa
figura erguendo as claras mãos desfeitas,
noutro império, a uma luz mais gloriosa?
Ó cinérea Princesa, é muito densa
do mundo humano a trama das neblinas…
A floresta do absurdo é negra, é imensa,
e as sibilas se escondem, repentinas.
Crepitam os junquilhos e as boninas
a um vento secular de indiferença.
Mas, entre vãs paredes vespertinas,
o ramo existe, sem que a morte o vença.
figura erguendo as claras mãos desfeitas,
noutro império, a uma luz mais gloriosa?
Ó cinérea Princesa, é muito densa
do mundo humano a trama das neblinas…
A floresta do absurdo é negra, é imensa,
e as sibilas se escondem, repentinas.
Crepitam os junquilhos e as boninas
a um vento secular de indiferença.
Mas, entre vãs paredes vespertinas,
o ramo existe, sem que a morte o vença.
O Ramo de Flores do Museu – I
Ó cinérea Princesa, as vossas flores
ficarão para sempre mais perfeitas,
já que o tempo extinguiu brilhos e cores;
já que o tempo extinguiu a habilidosa
mão que elevou, serenas e direitas,
a tulipa sucinta e a ardente rosa
Não há mais ilusão de outra presença
que o Amor, que inspirou graças tão finas
- que ninguém viu e em que ninguém mais pensa -
porque os homens e o mundo são de ruínas
E este ramo de pétalas franzinas,
leve, liberto da mortal sentença,
tinha, ó Princesa, fábulas divinas
em cada flor, sobre o nada suspensa
ficarão para sempre mais perfeitas,
já que o tempo extinguiu brilhos e cores;
já que o tempo extinguiu a habilidosa
mão que elevou, serenas e direitas,
a tulipa sucinta e a ardente rosa
Não há mais ilusão de outra presença
que o Amor, que inspirou graças tão finas
- que ninguém viu e em que ninguém mais pensa -
porque os homens e o mundo são de ruínas
E este ramo de pétalas franzinas,
leve, liberto da mortal sentença,
tinha, ó Princesa, fábulas divinas
em cada flor, sobre o nada suspensa
25 setembro 2009
Menino...
Aquele menino trazia na testa uma marca inconfundível:
pertencia àquela espécie de gente que mergulha nas coisas às vezes sem saber por que, não sei se na esperança de decifrá-las ou se apenas pelo prazer de mergulhar.
Essas são as escolhidas —
as que vão ao fundo,
ainda que fiquem por lá... (Caio Fernando Abreu)
pertencia àquela espécie de gente que mergulha nas coisas às vezes sem saber por que, não sei se na esperança de decifrá-las ou se apenas pelo prazer de mergulhar.
Essas são as escolhidas —
as que vão ao fundo,
ainda que fiquem por lá... (Caio Fernando Abreu)
– desenho de Rafael Valle Barradas
21 setembro 2009
Viver...
"Viver é acalentar sonhos e esperanças, fazendo da fé a nossa inspiração maior. É buscar nas pequenas coisas, um grande motivo para ser feliz".
Inscrição
Sou entre flor e nuvem,
estrela e mar.
Por que havemos de ser unicamente humanos,
limitados em chorar?
Não encontro caminhos
fáceis de andar.
Meu rosto vário desorienta as firmes pedras
que não sabem de água e de ar.
E por isso levito.
É bom deixar
um pouco de ternura e encanto indiferente
de herança, em cada lugar.
11 setembro 2009
Descrição
Há uma água clara que cai sobre pedras escuras
e que só pelo som, deixa ver como é fria.
Há uma noite por onde passam grandes estrelas puras.
Há um pensamento esperando que se forme uma alegria.
Há um gesto acorrentado e uma voz sem coragem,
e um amor que não sabe aonde é que anda o seu dia.
E a água cai, refletindo estrelas, céu, folhagem...
Cai para sempre!
E duas mãos nela mergulham com tristeza,
deixando um esplendor sobre a sua passagem.
(Porque existe um esplendor e uma inútil beleza
nessas mãos que desenham dentro da água sua viagem
para fora da natureza,
onde não chegará nunca essa água imprecisa,
que nasce e desliza, que nasce e desliza...)
e que só pelo som, deixa ver como é fria.
Há uma noite por onde passam grandes estrelas puras.
Há um pensamento esperando que se forme uma alegria.
Há um gesto acorrentado e uma voz sem coragem,
e um amor que não sabe aonde é que anda o seu dia.
E a água cai, refletindo estrelas, céu, folhagem...
Cai para sempre!
E duas mãos nela mergulham com tristeza,
deixando um esplendor sobre a sua passagem.
(Porque existe um esplendor e uma inútil beleza
nessas mãos que desenham dentro da água sua viagem
para fora da natureza,
onde não chegará nunca essa água imprecisa,
que nasce e desliza, que nasce e desliza...)
05 setembro 2009
Minha Terra!
Quanto é grato em terra estranha
Sob um céu menos querido,
Entre feições estrangeiras,
Ver um rosto conhecido;
Ouvir a pátria linguagem
Do berço balbuciada,
Recordar sabidos casos
Saudosos — da terra amada!
E em tristes serões d'inverno,
Tendo a face contra o lar,
Lembrar o sol que já vimos,
E o nosso ameno luar!
Certo é grato; mais sentido
Se nos bate o coração,
Que para a pátria nos voa,
P'ra onde os nossos estão!
Sob um céu menos querido,
Entre feições estrangeiras,
Ver um rosto conhecido;
Ouvir a pátria linguagem
Do berço balbuciada,
Recordar sabidos casos
Saudosos — da terra amada!
E em tristes serões d'inverno,
Tendo a face contra o lar,
Lembrar o sol que já vimos,
E o nosso ameno luar!
Certo é grato; mais sentido
Se nos bate o coração,
Que para a pátria nos voa,
P'ra onde os nossos estão!
Depois de girar no mundo
Como barco em crespo mar,
Amiga praia nos chama
Lá no horizonte a brilhar.
E vendo os vales e os montes
E a pátria que Deus nos deu,
Possamos dizer contentes:
Tudo isto que vejo é meu!
Meu este sol que me aclara,
Minha esta brisa, estes céus:
Estas praias, bosques, fontes,
Eu os conheço — são meus!
Mais os amo quando volte,
Pois do que por fora vi,
A mais querer minha terra,
E minha gente aprendi.
Como barco em crespo mar,
Amiga praia nos chama
Lá no horizonte a brilhar.
E vendo os vales e os montes
E a pátria que Deus nos deu,
Possamos dizer contentes:
Tudo isto que vejo é meu!
Meu este sol que me aclara,
Minha esta brisa, estes céus:
Estas praias, bosques, fontes,
Eu os conheço — são meus!
Mais os amo quando volte,
Pois do que por fora vi,
A mais querer minha terra,
E minha gente aprendi.
Gonçalves Dias – Paris, 1864
Canção da tarde no campo
Caminho no campo verde
Estrada depois de estrada.
Cercas de flores, palmeiras,
Serra azul, água calada.
Eu ando sozinha
No meio do vale.
Mas a tarde é minha.
Meus pés vão pisando a terra
Que é a imagem da minha vida:
Tão vazia mas tão bela,
Tão certa, mas tão perdida!
Eu ando sozinha
Por cima de pedras
Mas a flor é minha.
Os meus passos no caminho
São como os passos da lua;
Vou chegando, vais fugindo,
Minha alma é a sombra da tua.
Eu ando sozinha
Por dentro de bosques
Mas a fonte é minha
De tanto olhar para longe
Não vejo o que passa perto.
Subo monte, desço monte,
Meu peito é puro deserto.
Eu ando sozinha
Ao longo da noite
Mas a estrela é minha.
Estrada depois de estrada.
Cercas de flores, palmeiras,
Serra azul, água calada.
Eu ando sozinha
No meio do vale.
Mas a tarde é minha.
Meus pés vão pisando a terra
Que é a imagem da minha vida:
Tão vazia mas tão bela,
Tão certa, mas tão perdida!
Eu ando sozinha
Por cima de pedras
Mas a flor é minha.
Os meus passos no caminho
São como os passos da lua;
Vou chegando, vais fugindo,
Minha alma é a sombra da tua.
Eu ando sozinha
Por dentro de bosques
Mas a fonte é minha
De tanto olhar para longe
Não vejo o que passa perto.
Subo monte, desço monte,
Meu peito é puro deserto.
Eu ando sozinha
Ao longo da noite
Mas a estrela é minha.
01 setembro 2009
Paixão
O que a paixão concebe de perfeito, suprimida a paixão fica desfeito.
A violência da dor ou da alegria com sua própria atuação não dura um dia.
Onde o prazer se exalta a dor se encolhe; um nada a dor se extingue e o riso tolhe.
O mundo passa; é natural, portanto, que com a fortuna o amor se altere tanto;
se a sorte guia o amor, ou o amor a sorte.
William Shakespeare – Hamleto
A violência da dor ou da alegria com sua própria atuação não dura um dia.
Onde o prazer se exalta a dor se encolhe; um nada a dor se extingue e o riso tolhe.
O mundo passa; é natural, portanto, que com a fortuna o amor se altere tanto;
se a sorte guia o amor, ou o amor a sorte.
William Shakespeare – Hamleto
29 agosto 2009
Soneto Antigo
Responder a perguntas não respondo.
Perguntas impossíveis não pergunto.
Só do que sei de mim aos outros conto:
de mim, atravessada pelo mundo.
Toda a minha experiência, o meu estudo,
sou eu mesma que, em solidão paciente,
recolho do que em mim observo e escuto
muda lição, que ninguém mais entende.
O que sou vale mais do que o meu canto.
Apenas em linguagem vou dizendo
caminhos invisíveis por onde ando.
Tudo é secreto e de remoto exemplo.
Todos ouvimos, longe, o apelo do Anjo.
E todos somos pura flor de vento.
Perguntas impossíveis não pergunto.
Só do que sei de mim aos outros conto:
de mim, atravessada pelo mundo.
Toda a minha experiência, o meu estudo,
sou eu mesma que, em solidão paciente,
recolho do que em mim observo e escuto
muda lição, que ninguém mais entende.
O que sou vale mais do que o meu canto.
Apenas em linguagem vou dizendo
caminhos invisíveis por onde ando.
Tudo é secreto e de remoto exemplo.
Todos ouvimos, longe, o apelo do Anjo.
E todos somos pura flor de vento.
27 agosto 2009
Maturidade
25 agosto 2009
Você é especial
Você pode ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não se esqueça de que sua vida é a maior empresa do mundo. Só você pode evitar que ela vá à falência. Há muitas pessoas que precisam, admiram e torcem por você.
É importante que você sempre se lembre de que ser feliz não é ter um céu sem tempestades, caminhos sem acidentes, trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem decepções. Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros.
Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas refletir sobre a tristeza. Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos. Não é apenas ter júbilo nos aplausos, mas encontrar alegria no anonimato. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz não é uma fatalidade do destino, mas uma conquista de quem sabe viajar para dentro do seu próprio ser.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. É beijar os filhos, curtir os pais e ter momentos poéticos com os amigos, mesmo que eles nos magoem.
Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples que mora dentro de você. É ter maturidade para falar: "eu errei". É ter ousadia para dizer "me perdoe". É ter sensibilidade para confessar: "eu preciso de você".
Ser feliz é ter a capacidade de dizer "eu te amo".
Desejo que a vida seja um canteiro de oportunidades para você...
Que nas suas primaveras você seja amante da alegria. Que nos seus invernos seja amigo da sabedoria. E, quando você errar o caminho, recomece tudo de novo. Pois assim você será cada vez mais apaixonado pela vida. E descobrirá que ser feliz não é ter uma vida perfeita, mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância. Aproveitar as perdas para refinar a paciência, as falhas para esculpir a serenidade. Usar a dor para lapidar o prazer e os obstáculos para abrir as janelas da inteligência.
Jamais desista de si mesmo. Jamais desista das pessoas que você ama. Jamais desista de ser feliz, pois a vida é um espetáculo imperdível. Porque você, você é especial!
Pessoas especiais sabem dividir seu tempo com os outros. São honestas nas atitudes, são sinceras e compassivas, e sabem que o amor é parte de tudo.
Pessoas especiais têm coragem de se doar aos outros, sem nenhum interesse oculto. Não têm medo de ser vulneráveis, acreditam que são únicas e gostam de ser quem são. Pessoas especiais se importam com a felicidade dos outros e os ajudam a conquistá-la.
Pessoas especiais são aquelas que realmente tornam a vida mais bela e mais feliz.
É importante que você sempre se lembre de que ser feliz não é ter um céu sem tempestades, caminhos sem acidentes, trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem decepções. Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros.
Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas refletir sobre a tristeza. Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos. Não é apenas ter júbilo nos aplausos, mas encontrar alegria no anonimato. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz não é uma fatalidade do destino, mas uma conquista de quem sabe viajar para dentro do seu próprio ser.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. É beijar os filhos, curtir os pais e ter momentos poéticos com os amigos, mesmo que eles nos magoem.
Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples que mora dentro de você. É ter maturidade para falar: "eu errei". É ter ousadia para dizer "me perdoe". É ter sensibilidade para confessar: "eu preciso de você".
Ser feliz é ter a capacidade de dizer "eu te amo".
Desejo que a vida seja um canteiro de oportunidades para você...
Que nas suas primaveras você seja amante da alegria. Que nos seus invernos seja amigo da sabedoria. E, quando você errar o caminho, recomece tudo de novo. Pois assim você será cada vez mais apaixonado pela vida. E descobrirá que ser feliz não é ter uma vida perfeita, mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância. Aproveitar as perdas para refinar a paciência, as falhas para esculpir a serenidade. Usar a dor para lapidar o prazer e os obstáculos para abrir as janelas da inteligência.
Jamais desista de si mesmo. Jamais desista das pessoas que você ama. Jamais desista de ser feliz, pois a vida é um espetáculo imperdível. Porque você, você é especial!
Pessoas especiais sabem dividir seu tempo com os outros. São honestas nas atitudes, são sinceras e compassivas, e sabem que o amor é parte de tudo.
Pessoas especiais têm coragem de se doar aos outros, sem nenhum interesse oculto. Não têm medo de ser vulneráveis, acreditam que são únicas e gostam de ser quem são. Pessoas especiais se importam com a felicidade dos outros e os ajudam a conquistá-la.
Pessoas especiais são aquelas que realmente tornam a vida mais bela e mais feliz.
(desconheço autoria)
19 agosto 2009
Canção
Viver não dói. O que dói
é a vida que se não vive.
Tanto mais bela sonhada,
quanto mais triste perdida.
Viver não dói. O que dói
é o tempo, essa força onírica
em que se criam os mitos
que o próprio tempo devora.
Viver não dói. O que dói
é essa estranha lucidez,
misto de fome e de sede
com que tudo devoramos.
Viver não dói. O que dói,
ferindo fundo, ferindo,
é a distância infinita
entre a vida que se pensa
e o pensamento vivido.
Que tudo o mais é perdido.
Emílio Moura
é a vida que se não vive.
Tanto mais bela sonhada,
quanto mais triste perdida.
Viver não dói. O que dói
é o tempo, essa força onírica
em que se criam os mitos
que o próprio tempo devora.
Viver não dói. O que dói
é essa estranha lucidez,
misto de fome e de sede
com que tudo devoramos.
Viver não dói. O que dói,
ferindo fundo, ferindo,
é a distância infinita
entre a vida que se pensa
e o pensamento vivido.
Que tudo o mais é perdido.
Emílio Moura
Oração ao sol de amanhã
Preciso sonhar um sonho novo,
Preciso saber perder um velho sonho,
Preciso gerar um novo sonho
E crer nas sempre novas possibilidades
Que o que há de vir me oferece.
Preciso encontrar o que mereço em outro endereço,
E que seja logo, que seja breve.
Preciso daquela esperança de um dia após o outro
Que a travessia do tempo me concede.
Ó futuro, não me deserde!"
(Elisa Lucinda)
Preciso saber perder um velho sonho,
Preciso gerar um novo sonho
E crer nas sempre novas possibilidades
Que o que há de vir me oferece.
Preciso encontrar o que mereço em outro endereço,
E que seja logo, que seja breve.
Preciso daquela esperança de um dia após o outro
Que a travessia do tempo me concede.
Ó futuro, não me deserde!"
(Elisa Lucinda)
15 agosto 2009
Fé
Andar com fé ...
É saber que cada dia é um recomeço
E que os sonhos podem se realizar.
É olhar sem temor as portas do desconhecido,
Ter a inocência dos olhos da criança, a lealdade do
Cão, a beleza da mão estendida para dar e receber
É ter a certeza de que o melhor sempre acontece
E que tudo aquilo que almejamos
Está totalmente ao nosso alcance.
Em pétalas de amor !!
É saber que cada dia é um recomeço
E que os sonhos podem se realizar.
É olhar sem temor as portas do desconhecido,
Ter a inocência dos olhos da criança, a lealdade do
Cão, a beleza da mão estendida para dar e receber
É ter a certeza de que o melhor sempre acontece
E que tudo aquilo que almejamos
Está totalmente ao nosso alcance.
Em pétalas de amor !!
(desconheço autoria)
13 agosto 2009
Todas as vidas
Vive dentro de mim
uma cabocla velha
de mau-olhado,
acocorada ao pé do borralho,
olhando para o fogo.
Benze quebranto,
Bota feitiço...
Ogum, Orixá.
Macumba, terreiro...
Vive dentro de mim
a lavadeira do Rio Vermelho.
Seu cheiro gostoso
d'água e sabão.
Rodilha de pano.
Trouxa de roupa,
pedra de anil.
Sua coroa verde de são-caetano.
Vive dentro de mim
a mulher cozinheira.
Pimenta e cebola.
Quitute bem feito.
Panela de barro.
Taipa de lenha.
Cozinha antiga
Toda pretinha.
Bem cacheada de pucumã.
Pedra pontuda
Cumbuco de coco.
Pisando alho-sal.
uma cabocla velha
de mau-olhado,
acocorada ao pé do borralho,
olhando para o fogo.
Benze quebranto,
Bota feitiço...
Ogum, Orixá.
Macumba, terreiro...
Vive dentro de mim
a lavadeira do Rio Vermelho.
Seu cheiro gostoso
d'água e sabão.
Rodilha de pano.
Trouxa de roupa,
pedra de anil.
Sua coroa verde de são-caetano.
Vive dentro de mim
a mulher cozinheira.
Pimenta e cebola.
Quitute bem feito.
Panela de barro.
Taipa de lenha.
Cozinha antiga
Toda pretinha.
Bem cacheada de pucumã.
Pedra pontuda
Cumbuco de coco.
Pisando alho-sal.
Vive dentro de mim
a mulher do povo.
Bem proletária.
Bem linguaruda,
desabusada, sem
preconceitos,
de casca-grossa,
de chinelinha
e filharada.
Vive dentro de mim
a mulher roceira.
Enxerto da terra,
meio casmurra.
Trabalhadeira.
Madrugadeira.
Analfabeta.
De pé no chão.
Bem parideira.
Bem criadeira.
Seus doze filhos,
Seus vinte netos.
Vive dentro de mim
a mulher da vida.
Minha irmãzinha...
tão desprezada,
tão murmurada...
Fingindo alegre seu triste
fado.
Todas as vidas dentro de mim:
Na minha vida – a vida mera das obscuras.
a mulher do povo.
Bem proletária.
Bem linguaruda,
desabusada, sem
preconceitos,
de casca-grossa,
de chinelinha
e filharada.
Vive dentro de mim
a mulher roceira.
Enxerto da terra,
meio casmurra.
Trabalhadeira.
Madrugadeira.
Analfabeta.
De pé no chão.
Bem parideira.
Bem criadeira.
Seus doze filhos,
Seus vinte netos.
Vive dentro de mim
a mulher da vida.
Minha irmãzinha...
tão desprezada,
tão murmurada...
Fingindo alegre seu triste
fado.
Todas as vidas dentro de mim:
Na minha vida – a vida mera das obscuras.
Cora Coralina – Poemas dos becos de Goiás e Estórias mais
Sabedoria
Pensar, ainda assim, é agir. Só no devaneio absoluto, onde nada de ativo intervém, onde por fim até a nossa consciência de nós mesmos se atola num lodo – só aí, nesse morno e úmido não ser, a abdicação da ação competentemente se atinge.
Não querer compreender, não analisar... Ver-se como à natureza; olhar para as suas impressões como para um campo – a sabedoria é isto.
Bernardo Soares do 'Livro do Desassossego'
09 agosto 2009
Para os pais
AOS QUE PARTIRAM
Há tempos atrás eles estavam em todos os lugares,
sentados na poltrona da sala, na varanda...
percorriam os quatro cantos da casa
Conversavam, sorriam, zangavam-se...
Podíamos encontrá-los num piscar de olhos.
Hoje o nosso olhar já não os alcança
somente o coração os sente vivos,
todos muito vivos dentro de nós.
Não estão encerrados entre pedras
estão no aroma das flores,
que nos abraça a alma
e nos envolve na paz.
Hoje eles voam livres
e são como a luz das estrelas
e dizem baixinho enquanto dormimos...
Um dia voltaremos a nos encontrar.
de Tahyane Rangel
Há tempos atrás eles estavam em todos os lugares,
sentados na poltrona da sala, na varanda...
percorriam os quatro cantos da casa
Conversavam, sorriam, zangavam-se...
Podíamos encontrá-los num piscar de olhos.
Hoje o nosso olhar já não os alcança
somente o coração os sente vivos,
todos muito vivos dentro de nós.
Não estão encerrados entre pedras
estão no aroma das flores,
que nos abraça a alma
e nos envolve na paz.
Hoje eles voam livres
e são como a luz das estrelas
e dizem baixinho enquanto dormimos...
Um dia voltaremos a nos encontrar.
de Tahyane Rangel
01 agosto 2009
Timidez
Basta-me um pequeno gesto,
feito de longe e de leve,
para que venhas comigo
e eu para sempre te leve...
— mas só esse eu não farei.
Uma palavra caída
das montanhas dos instantes
desmancha todos os mares
e une as terras mais distantes...
— palavra que não direi.
Para que tu me adivinhes,
entre os ventos taciturnos,
apago meus pensamentos,
ponho vestidos noturnos,
— que amargamente inventei.
E, enquanto não me descobres,
os mundos vão navegando
nos ares certos do tempo,
até não se sabe quando...
— e um dia me acabarei.
feito de longe e de leve,
para que venhas comigo
e eu para sempre te leve...
— mas só esse eu não farei.
Uma palavra caída
das montanhas dos instantes
desmancha todos os mares
e une as terras mais distantes...
— palavra que não direi.
Para que tu me adivinhes,
entre os ventos taciturnos,
apago meus pensamentos,
ponho vestidos noturnos,
— que amargamente inventei.
E, enquanto não me descobres,
os mundos vão navegando
nos ares certos do tempo,
até não se sabe quando...
— e um dia me acabarei.
31 julho 2009
Sobra tanta falta
O Teatro Mágico
Composição: C. Trevisan
Falta tanta coisa na minha janela
Como uma praia
Falta tanta coisa na memória
Como o rosto dela
Falta tanto tempo no relógio
Quanto uma semana
Sobra tanta falta de paciência
Que me desespero
Sobram tantas meias-verdades
Que guardo pra mim mesmo
Sobram tantos medos
Que nem me protejo mais
Sobra tanto espaço
Dentro do abraço
Falta tanta coisa pra dizer
Que nunca consigo
Sei lá,
Se o que me deu foi dado
Sei lá,
Se o que me deu já é meu
Sei lá,
Se o que me deu foi dado ou se é seu
Sei lá... sei lá... sei lá....
Se o que deu é meu...
Vai saber,
Se o que me deu , quem sabe?
Vai saber,
Quem souber me salve
Vai saber,
O que me deu, quem sabe?
Vai saber,
Quem souber me salve...
Composição: C. Trevisan
Falta tanta coisa na minha janela
Como uma praia
Falta tanta coisa na memória
Como o rosto dela
Falta tanto tempo no relógio
Quanto uma semana
Sobra tanta falta de paciência
Que me desespero
Sobram tantas meias-verdades
Que guardo pra mim mesmo
Sobram tantos medos
Que nem me protejo mais
Sobra tanto espaço
Dentro do abraço
Falta tanta coisa pra dizer
Que nunca consigo
Sei lá,
Se o que me deu foi dado
Sei lá,
Se o que me deu já é meu
Sei lá,
Se o que me deu foi dado ou se é seu
Sei lá... sei lá... sei lá....
Se o que deu é meu...
Vai saber,
Se o que me deu , quem sabe?
Vai saber,
Quem souber me salve
Vai saber,
O que me deu, quem sabe?
Vai saber,
Quem souber me salve...
29 julho 2009
A Bela Adormecida
Estou alegre e o motivo
beira secretamente à humilhação,
porque aos 50 anos
não posso mais fazer curso de dança,
escolher profissão,
aprender a nadar como se deve.
No entanto, não sei se é por causa das águas,
deste ar que desentoca do chão as formigas aladas,
ou se é por causa dele que volta
e põe tudo arcaico, como a matéria da alma,
se você vai ao pasto,
se você olha o céu,
aquelas frutinhas travosas,
aquela estrelinha nova,
sabe que nada mudou.
O pai está vivo e tosse,
a mãe pragueja sem raiva na cozinha.
Assim que escurecer vou namorar.
Que mundo ordenado e bom!
Namorar quem?
Minha alma nasceu desposada
com um marido invisível.
Quando ele fala roreja
quando ele vem eu sei,
porque as hastes se inclinam.
Eu fico tão atenta que adormeço
a cada ano mais.
Sob juramento lhes digo:
tenho 18 anos. Incompletos.
beira secretamente à humilhação,
porque aos 50 anos
não posso mais fazer curso de dança,
escolher profissão,
aprender a nadar como se deve.
No entanto, não sei se é por causa das águas,
deste ar que desentoca do chão as formigas aladas,
ou se é por causa dele que volta
e põe tudo arcaico, como a matéria da alma,
se você vai ao pasto,
se você olha o céu,
aquelas frutinhas travosas,
aquela estrelinha nova,
sabe que nada mudou.
O pai está vivo e tosse,
a mãe pragueja sem raiva na cozinha.
Assim que escurecer vou namorar.
Que mundo ordenado e bom!
Namorar quem?
Minha alma nasceu desposada
com um marido invisível.
Quando ele fala roreja
quando ele vem eu sei,
porque as hastes se inclinam.
Eu fico tão atenta que adormeço
a cada ano mais.
Sob juramento lhes digo:
tenho 18 anos. Incompletos.
26 julho 2009
O Vestido
No armário do meu quarto escondo de tempo e traça meu vestido estampado em fundo preto.
É de seda macia desenhada em campânulas vermelhas à ponta de longas hastes delicadas.
Eu o quis com paixão e o vesti como um rito, meu vestido de amante.
Ficou meu cheiro nele, meu sonho, meu corpo ido.
É só tocá-lo, volatiza-se a memória guardada:
eu estou no cinema e deixo que segurem minha mão.
De tempo e traça meu vestido me guarda
É de seda macia desenhada em campânulas vermelhas à ponta de longas hastes delicadas.
Eu o quis com paixão e o vesti como um rito, meu vestido de amante.
Ficou meu cheiro nele, meu sonho, meu corpo ido.
É só tocá-lo, volatiza-se a memória guardada:
eu estou no cinema e deixo que segurem minha mão.
De tempo e traça meu vestido me guarda
25 julho 2009
Recomeçar
Sempre é tempo de recomeçar.
Em qualquer situação podemos abrir novas portas, conhecer novos lugares, novas pessoas, ter outros sonhos.
Renovar o nosso compromisso com a vida e assim, renascer para a vida e alcançar a felicidade.
Não importa quem te feriu, o importante é que você ficou.
Não interessa o que te faltou, tudo pode ser conquistado.
Não se ligue em quem te traiu, você foi fiel.
Não se lamente por quem se foi, cada um tem seu tempo.
Não reclame da dor, ela é a conselheira que nos chama de volta ao caminho.
Não se espante com as pessoas, cada um carrega dentro de si, dores e marcas que alteram o seu comportamento, ora estamos felizes e transbordamos de alegria e paz, ora estamos melancólicos e só queremos ficar sozinhos...
O mundo está cheio de novas oportunidades, basta olhar para a terra depois da chuva. Veja quantas plantinhas estão surgindo, como o verde se espalha mais bonito e forte depois da tempestade.
As portas se abrem para os que não tem medo de enfrentar as adversidades da vida, para os que caíram, mas se levantam com o brilho de vitória nos olhos.
Todo o caminho tem duas mãos, uma que seguimos ainda com passos inseguros, com medo, porque não sabemos ainda o que vamos encontrar lá na frente, na volta, mesmo derrotados, já sabemos o que tem no caminho, e quando um dia, resolvemos enfrentar os nossos medos e fazer essa viagem novamente, somos mais fortes, nossos passos são mais firmes, já sabemos onde e como chegar ao destino, o destino é a vitória, o seu destino é ser feliz, eu creio nisso, e você?
Você está pronto para recomeçar?
O caminho está a tua espera, pé na estrada, coloque um sonho na alma, fé no coração e esperança na mochila, a vida se enche de novidades para os que se aventuram na viagem que conduz a verdadeira liberdade.
Karen Lopes
Em qualquer situação podemos abrir novas portas, conhecer novos lugares, novas pessoas, ter outros sonhos.
Renovar o nosso compromisso com a vida e assim, renascer para a vida e alcançar a felicidade.
Não importa quem te feriu, o importante é que você ficou.
Não interessa o que te faltou, tudo pode ser conquistado.
Não se ligue em quem te traiu, você foi fiel.
Não se lamente por quem se foi, cada um tem seu tempo.
Não reclame da dor, ela é a conselheira que nos chama de volta ao caminho.
Não se espante com as pessoas, cada um carrega dentro de si, dores e marcas que alteram o seu comportamento, ora estamos felizes e transbordamos de alegria e paz, ora estamos melancólicos e só queremos ficar sozinhos...
O mundo está cheio de novas oportunidades, basta olhar para a terra depois da chuva. Veja quantas plantinhas estão surgindo, como o verde se espalha mais bonito e forte depois da tempestade.
As portas se abrem para os que não tem medo de enfrentar as adversidades da vida, para os que caíram, mas se levantam com o brilho de vitória nos olhos.
Todo o caminho tem duas mãos, uma que seguimos ainda com passos inseguros, com medo, porque não sabemos ainda o que vamos encontrar lá na frente, na volta, mesmo derrotados, já sabemos o que tem no caminho, e quando um dia, resolvemos enfrentar os nossos medos e fazer essa viagem novamente, somos mais fortes, nossos passos são mais firmes, já sabemos onde e como chegar ao destino, o destino é a vitória, o seu destino é ser feliz, eu creio nisso, e você?
Você está pronto para recomeçar?
O caminho está a tua espera, pé na estrada, coloque um sonho na alma, fé no coração e esperança na mochila, a vida se enche de novidades para os que se aventuram na viagem que conduz a verdadeira liberdade.
Karen Lopes
23 julho 2009
tempo...
Na convivência , o tempo não importa.
Se for um minuto, uma hora, uma vida.
O que importa é o que ficou deste minuto,
desta hora, desta vida ...
... Lembra que o que importa é tudo que semeares,
Colherás.
Por isso, marca a tua passagem, deixa algo de ti,
do teu minuto, da tua hora, do teu dia, da tua vida.
18 julho 2009
O moço
Não me perguntem quantos anos tenho, e, sim,
quantas cartas mandei e recebi.
Se mais jovem, se mais velho...o que importa,
se ainda sou um fervilhar de sonhos,
se não carrego o fardo da esperança morta?
Não me perguntem quantos anos tenho, e sim,
quantos beijos troquei - beijos de amor!
Se a juventude em mim ainda é festa,
se aproveito de tudo a cada instante,
e se bebo da taça gota a gota...
Ora! Então pouco se me dá quanta gota resta!
Não me perguntem quantos anos tenho, mas...
queiram saber de mim se criei filhos,
queiram saber de mim que obras fiz,
queiram saber de mim que amigos tenho,
e se alguém pude eu tornar feliz.
Não me perguntem quantos anos tenho, mas...
queiram saber de mim que livros li,
queiram saber de mim por onde andei,
queiram saber de mim quantas histórias,
quantos versos ouvi, quantos cantei.
E assim, somente assim, todos vocês,
por mais brancos que estejam meus cabelos,
por mais rugas que vejam em meu rosto,
terão vontade de chamar -me: "O Moço!"
E, ao me verem passar aqui...alí...
não saberão ao certo a minha idade,
mas saberão, por certo, que eu vivi!
(Moacyr J. Sacramento)
quantas cartas mandei e recebi.
Se mais jovem, se mais velho...o que importa,
se ainda sou um fervilhar de sonhos,
se não carrego o fardo da esperança morta?
Não me perguntem quantos anos tenho, e sim,
quantos beijos troquei - beijos de amor!
Se a juventude em mim ainda é festa,
se aproveito de tudo a cada instante,
e se bebo da taça gota a gota...
Ora! Então pouco se me dá quanta gota resta!
Não me perguntem quantos anos tenho, mas...
queiram saber de mim se criei filhos,
queiram saber de mim que obras fiz,
queiram saber de mim que amigos tenho,
e se alguém pude eu tornar feliz.
Não me perguntem quantos anos tenho, mas...
queiram saber de mim que livros li,
queiram saber de mim por onde andei,
queiram saber de mim quantas histórias,
quantos versos ouvi, quantos cantei.
E assim, somente assim, todos vocês,
por mais brancos que estejam meus cabelos,
por mais rugas que vejam em meu rosto,
terão vontade de chamar -me: "O Moço!"
E, ao me verem passar aqui...alí...
não saberão ao certo a minha idade,
mas saberão, por certo, que eu vivi!
(Moacyr J. Sacramento)
Que homem é esse....
Que homem....................
Que homem é esse que me aquece
Que me enlouquece e as vezes me aborrece,
Que homem é esse que me inflama
diz que me ama, me leva pra cama.
e as vezes me engana,
Que homem é esse, delicado,
apaixonado, amável e as vezes detestável,
Que homem é esse, que me atiça, me enfeitiça, me domina....
Que homem é esse, tão fervoroso,
amoroso que me embala o sono,
Que homem é esse, tão aconchegante, enebriante de sorriso largo.....
Que homem é esse que me faz crescer, que me entontece, me envaidece e me adormece.....
Esse homem, é um tesão,
é viril, é tudo de bom,
Esse homem é um amor, um furor, um ardor, é um bem
maior as vezes uma flor e outras é só dor.
QUE HOMEM É ESSE............................
(da minha amiga Vera)
Que homem é esse que me aquece
Que me enlouquece e as vezes me aborrece,
Que homem é esse que me inflama
diz que me ama, me leva pra cama.
e as vezes me engana,
Que homem é esse, delicado,
apaixonado, amável e as vezes detestável,
Que homem é esse, que me atiça, me enfeitiça, me domina....
Que homem é esse, tão fervoroso,
amoroso que me embala o sono,
Que homem é esse, tão aconchegante, enebriante de sorriso largo.....
Que homem é esse que me faz crescer, que me entontece, me envaidece e me adormece.....
Esse homem, é um tesão,
é viril, é tudo de bom,
Esse homem é um amor, um furor, um ardor, é um bem
maior as vezes uma flor e outras é só dor.
QUE HOMEM É ESSE............................
(da minha amiga Vera)
Aprendemos a amar...
Os ventos que as vezes tiram algo que amamos, são os mesmos que trazem algo que aprendemos a amar.
Por isso não devemos chorar pelo que nos foi tirado e sim, a amar o que nos foi dado, pois tudo o que realmente é nosso, nunca se vai para sempre.
(Bob Marley)
Por isso não devemos chorar pelo que nos foi tirado e sim, a amar o que nos foi dado, pois tudo o que realmente é nosso, nunca se vai para sempre.
(Bob Marley)
12 julho 2009
Certezas
Não quero alguém que morra de amor por mim…
Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando.
Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo, quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade.
Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim…
Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível…
E que esse momento será inesquecível…
Só quero que meu sentimento seja valorizado.
Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre…
E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor.
Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém…e poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos, que faço falta quando não estou por perto.
Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras, alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho…
Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente importa, que é meu sentimento…e não brinque com ele.
E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca cresça, para que eu seja sempre eu mesmo.
Não quero brigar com o mundo, mas se um dia isso acontecer, quero ter forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe…
Que ele é superior ao ódio e ao rancor, e que não existe vitória sem humildade e paz.
Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro dia, e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos, talvez obterei êxito e serei plenamente feliz.
Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas…
Que a esperança nunca me pareça um NÃO que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como SIM.
Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder dizer a alguém o quanto ele é especial e importante pra mim, sem ter de me preocupar com terceiros… Sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento.
Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão…
Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades a às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim… e que valeu a pena.
Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando.
Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo, quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade.
Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim…
Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível…
E que esse momento será inesquecível…
Só quero que meu sentimento seja valorizado.
Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre…
E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor.
Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém…e poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos, que faço falta quando não estou por perto.
Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras, alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho…
Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente importa, que é meu sentimento…e não brinque com ele.
E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca cresça, para que eu seja sempre eu mesmo.
Não quero brigar com o mundo, mas se um dia isso acontecer, quero ter forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe…
Que ele é superior ao ódio e ao rancor, e que não existe vitória sem humildade e paz.
Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro dia, e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos, talvez obterei êxito e serei plenamente feliz.
Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas…
Que a esperança nunca me pareça um NÃO que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como SIM.
Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder dizer a alguém o quanto ele é especial e importante pra mim, sem ter de me preocupar com terceiros… Sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento.
Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão…
Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades a às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim… e que valeu a pena.
08 julho 2009
Sorria
de Charles Chaplin
Sorria, embora seu coração esteja doendo
Sorria, mesmo que ele esteja partido
Quando há nuvens no céu
Você sobreviverá...
Se você apenas sorri
Com seu medo e tristeza
Sorria e talvez amanhã
Você descobrirá que a vida ainda vale a pena se você apenas...
Ilumine sua face com alegria
Esconda todo rastro de tristeza
Embora uma lágrima possa estar tão próxima
Este é o momento que você tem que continuar tentando
Sorria, pra que serve o choro?
Você descobrirá que a vida ainda vale a pena
Se você apenas...
Se você sorri
Com seu medo e tristeza
Sorriso e talvez amanhã
Você descobrirá que a vida ainda vale a pena
Se você apenas Sorrir...
Este é o momento que você tem que continuar tentando
Sorria, pra que serve o choro
Você descobrirá que a vida ainda vale a pena
Se você apenas Sorrir
Sorria, embora seu coração esteja doendo
Sorria, mesmo que ele esteja partido
Quando há nuvens no céu
Você sobreviverá...
Se você apenas sorri
Com seu medo e tristeza
Sorria e talvez amanhã
Você descobrirá que a vida ainda vale a pena se você apenas...
Ilumine sua face com alegria
Esconda todo rastro de tristeza
Embora uma lágrima possa estar tão próxima
Este é o momento que você tem que continuar tentando
Sorria, pra que serve o choro?
Você descobrirá que a vida ainda vale a pena
Se você apenas...
Se você sorri
Com seu medo e tristeza
Sorriso e talvez amanhã
Você descobrirá que a vida ainda vale a pena
Se você apenas Sorrir...
Este é o momento que você tem que continuar tentando
Sorria, pra que serve o choro
Você descobrirá que a vida ainda vale a pena
Se você apenas Sorrir
07 julho 2009
Cristo
Cristo é uma forma de emoção.
No panteão há lugar para os deuses que se excluem uns aos outros, e todos têm assento e regência. Cada um pode ser tudo, porque aqui não há limites, nem até lógicos, e gozamos, no convívio de vários eternos, da coexistência de diferentes infinitos e de diversas eternidades.
Bernardo Soares – 'Livro do Desassossego' de Fernando Pessoa
06 julho 2009
Desejo de Regresso
Deixai-me nascer de novo,
nunca mais em terra estranha,
mas no meio do meu povo,
com meu céu, minha montanha,
meu mar e minha família.
E que na minha memória
fique esta vida bem viva,
para contar minha história
de mendiga e de cativa
e meus suspiros de exílio.
Porque há doçura e beleza
na amargura atravessada,
e eu quero memória acesa
depois da angústia apagada.
Com que afeição me remiro!
Marinheiro de regresso
com seu barco posto a fundo,
às vezes quase me esqueço
que foi verdade este mundo.
(Ou talvez fosse mentira…)
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