
Pensar, ainda assim, é agir. Só no devaneio absoluto, onde nada de ativo intervém, onde por fim até a nossa consciência de nós mesmos se atola num lodo – só aí, nesse morno e úmido não ser, a abdicação da ação competentemente se atinge.
Não querer compreender, não analisar... Ver-se como à natureza; olhar para as suas impressões como para um campo – a sabedoria é isto.
Bernardo Soares do 'Livro do Desassossego'
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