Por acaso, surpreendo-me no espelho: quem é esse
Que me olha e é tão mais velho do que eu?
Porém, seu rosto... é cada vez menos estranho...
Meu Deus, meu Deus... Parece
Meu velho pai — que já morreu!
Como pude ficarmos assim?
Nosso olhar — duro interroga:
"O que fizeste de mim?!"
Eu, Pai?! Tu é que me invadiste,
Lentamente, ruga a ruga... Que importa?! Eu sou, ainda
Aquele mesmo menino teimoso de sempre
E os teus planos enfim lá se foram por terra.
Mais sei que vi, um dia — a longa, a inútil guerra! —
Vi sorrir, nesses cansados olhos, um orgulho triste...
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